No meu sonho , aquele sonho que sonho acordado,
És personagem principal do enredo...
Onde estou , estás lá, sempre a meu lado,
Segurando a minha mão, forte como um rochedo.
Este sonho é recorrente, acordado e a dormir,
É um sonho estranho...diferente...
Tem o condão de me fazer sorrir,
De me deixar os olhos com um brilho reluzente.
Toca-me...deixa-me sentir a tua pele!
Só assim, pele na pele, olhos nos olhos, respiração quente,
Saberei que este sonho é real,não é apenas mais um avião de papel,
Daqueles aviões que eu faço planar, mas que acabam esmagados,
Rendidos à força do destino de nascerem para serem espezinhados.
Sussurra-me palavras doces, com voz suave e terna...
De um jeito só teu...único e poético...
Desperta-me os sentidos...Acorda-me este coração que hiberna...
Fá-lo bater, palpitante e irrequieto, a um ritmo frenético.
No meu sonho , aquele sonho que sonho acordado,
És personagem principal do enredo...
Onde estou , estás lá, sempre a meu lado...
Não fujas, não te esfumes em pleno ar...
Sem ti...Oh, tu bem sabes...sem ti tenho medo!
Medo de acordar e não te ver dormir a meu lado...
Medo de adormecer e ter um pesadelo assustador...
Medo da tua ausência, nem que seja só por um bocado...
Medo! Tenho medo que me esvazies do sonho e da realidade do Amor.
Este poema, bonito ou feio, não sei, e, na verdade, nem importa, foi, em tempos idos, ainda no século passado,dedicado a alguém muito especial.
Os meus medos confirmaram-se...Fiquei vazio do sonho e da realidade do Amor.
Nem todos os finais, como sempre acontece no cinema, são finais felizes. C'est la vie !